Em termos de posicionamento político apesar de uma distribuição maioritária pela esquerda, há respostas que se posicionaram na direita e, outros que não revelaram qualquer posicionamento político, não se identificando assim com as identidades políticas associadas à dicotomia esquerda-direita.
Quanto à religião, a principal clivagem surge entre católicos e ateus/agnósticos, ainda que existam algumas respostas no que respeita a outras religiões. Os ateus revelam-se maioritários, enquanto os católicos se dividem ainda em praticantes e não praticantes.
Quando se tratam de orientações face às funções do estado 80% destes inquiridos concorda com a redistribuição de rendimentos pelo governo. Contudo, há uma divisão no que diz respeito à iniciativa privada, ainda que cerca de 60% concorde com este tópico. Ou seja, a maioria dos inquiridos concorda com ambos os itens, sendo favorável quer a funções de redistribuição do estado, quer com a iniciativa privada.
Quanto à orientação face as desigualdades os inquiridos responderam maioritariamente enquanto igualitários, isto é, acreditam que é possível diminuir as desigualdades. Mas esse mesmo aspecto parece associado a uma orientação da acção proactiva, isto é, relacionado com a capacidade dos indivíduos mudarem as condições de vida a partir da sua acção individual.
Assim, estas diferenças parecem o principal elemento de estruturação da discussão, traduzindo-se em diferentes discursos da prática aqui estudada.
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